segunda-feira, 18 de maio de 2015

Filme : Alexandre O Grande

 Indicação de Filme : Alexandre, o Grande



O filme relata a trajetória de Alexandre, o grande rei da Macedônia.
Após a morte de seu pai o imperador Felipe II, ele assume o trono, passando a ser o jovem Rei da Macedônia.
 Implacável , ambicioso e estrategista, ele se tornou um dos maiores conquistadores de territórios que se viu na Roma Antiga. Levou seu exército á lugares que jamais imaginaram estar,buscando novas conquistas territoriais.
Para unificar suas conquistas, Alexandre fundou várias cidades, ao londo de seus territórios, muitas das quais se chamaram Alexandria em sua homenagem.

Reflexão:

Durante o filme podemos observar claramente a presença de uma relação de amor entre Alexandre e um outro homem. Percebemos que eles não tinham uma relação explícita, mais que também não se envergonham do que sentiam.
Existem teorias de que filósofos Gregos e Romanos , ensinavam aos jovens que relações sexuais entre Homens mais jovens e homens mais velhos, era uma forma de educá-los, já que assim teoricamente absorveriam dos mesmos  suas virtudes e ensinamentos filosóficos.
Naquele tempo nem existia o termo homossexual, o que nos leva a crer que essa relações sexuais entre homens eram mesmo naturalizadas.
Provoco você á refletir  se na Antiguidade a relação sexual entre homens era algo comum, porque ao longo do tempo essa pática veio se transformando em algo promíscuo e muitas vezes penalizado por muitos membros da sociedade atual?





sexta-feira, 8 de maio de 2015

O mito de Apolo e Jacinto

A Iconografia representa uma das mais importantes e marcantes tragédias românticas presentes nas crenças greco-romanas, o mito de um amor "divino", mas regado por características tão humanas quanto possível . De acordo com a mitologia grega, Jacinto, um jovem mortal e Príncipe Espartano, possuidor de uma beleza rara e magnífica (até mesmo aos olhos das Divindades da época) era apreciado por todos, mas amado arduamente pelos Deuses Apolo (Deus da juventude, da Luz e do Sol) e Zéfiro ( um dos Deuses responsáveis pelos ventos, especificamente pelos ventos do oeste, suáveis e agradáveis, que anunciariam o início da primavera). Ambos (Apolo e Zéfiro) sempre cortejavam o belo espartano, até que um dia Jacinto fez uma escolha: entregou-se aos encantos de Apolo, que lhe deu um beijo para selar o seu amor, despertando assim a fúria e os ciúmes de Zéfiro. Um dia Jacinto e Apolo estavam praticando o esporte de lançamento de discos. Em uma das vezes que Apolo lançou o disco para Jacinto, Zéfiro que era o Deus dos ventos do oeste, cego de ciúmes e com raiva da rejeição de seu amor por Jacinto, soprou o disco bem forte, mudando o seu curso e fazendo com que o mesmo girasse em outro sentido, atingindo consequentemente a cabeça do jovem espartano e causando a sua morte.
A pintura a óleo (criada no ano de 1801, pelo pintor neoclassicista francês, Jean Broc [1771-1850]) dá vida justamente ao momento em que Apolo toma Jacinto aos seus braços a fim de socorrê-lo, porém, ele já estava morrendo e nem mesmo as exímias habilidades médicas do Deus do Sol poderiam salva-lo. Apolo, ressentido com a perda de seu grande amor, transforma o sangue de Jacinto (que havia sido derramado naquele mesmo solo fértil) em uma bela flor, que recebeu o nome do mortal falecido, como forma de eternizar aquele amor interrompido.
Com isso, deixamos aberta a reflexão de que o universo das relações afetivas humanas esteve presente nesta e nas variadas crenças e lendas (sejam Gregas, Romanas ou outras) desde as civilizações mais antigas do mundo.

         Se as próprias sociedades greco-romanas (estas que produziram várias contribuições artísticas, políticas, econômicas, religiosas e institucionais) que deram origem aos modelos das várias sociedades ocidentais (da arrebatadora maioria) disseminavam (através de suas crenças, que naquele período eram consideradas verídicas) não só a possibilidade, mas a própria prática da relação entre 2 homens ou até mesmo as “paixões platônicas” porém interrompidas entre Deuses e homens (ou mulheres), porque a nossa sociedade condena a todos os seres (homens ou mulheres) de universos sexuais divergentes a um suposto castigo ou penitência “divina” por escolherem algo que é natural (como a relação entre semelhantes) desde os tempos mitológicos? Afinal, não devemos amar ao próximo como a nós mesmos? Esta reflexão cabe somente a você, caro leitor.
" A morte de Jacinto" (1801), pintura a óleo do neoclassicista francês Jean Broc (1771-1850)

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Apresentação do Blog.

O blog “História e Homossexualidade” nasceu de uma atividade acadêmica, proposta a nós, futuros Historiadores.
 Escolhemos esse tema, a fim de refletir a cerca das contradições que permeiam este universo sexual, já existente a milhares de anos e que ainda assim vem sendo interpretado, "naturalizado", aceito ou repelido (como na maioria das vezes é por várias sociedades ao longo do tempo) de acordo com  o contexto histórico no qual esta inserido, ou seja, no tempo vivido.
Procuramos fazer essa reflexão buscando vestígios desde a Antiguidade até a atualidade, através de elementos sociais, manifestações culturais (músicas, produções cinematográficas, iconografias e etc.), crenças, mitos, que nos ajude a compreender porque algo que esta intrinsecamente ligado as organizações sociais desde os primórdios pode ser alvo de tanto preconceito e violência até os dias atuais. No intuito de contribuir cada vez mais com uma diminuição do preconceito banal (em relação a este grupo)  que cerca a sociedade historicamente falando, o blog através de post's futuros, tecerá textos relacionados a produções cinematográficas que retratam este tema (o da Homossexualidade na História), iconografias e diversos outros exemplos de fontes de análise. 
Os homossexuais juntamente com grupos representativos da diversidade sexual, exemplo: o grupo LGBT (sigla referente à: lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros), cada vez mais se fazem presentes na sociedade, seja através das expressões artísticas como a dramaturgia, musica e outros campos, como na política, através das constantes lutas por igualdade e liberdade travadas por seus movimentos sociais minoritários e outros. Ou seja, a homossexualidade já se consolidou inclusive constitucionalmente em alguns países, apesar das grandes manifestações de ódio e preconceito contra esses grupos que constantemente aparecem na nossa atual sociedade, cada vez mais.
Esperamos poder contribuir para a reflexão que emerge de uma necessidade social de compreender porque ainda hoje, a nossa sociedade insiste em intervir nas decisões intimamente ligadas ao indivíduo e sua orientação sexual, enquanto ser social, em detrimento de padrões de comportamento impostos socialmente naturalizados e institucionalizados, seja por religião ou política, que ferem a liberdade de escolha do mesmo. Temos a necessidade de refletir sobre as relações interpessoais do ser humano ao longo do tempo.